Por Iane Gois
A aprovação do pedido de abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) no último domingo (17) surpreendeu muitos petistas e membros de agrupamentos coligados, que acreditavam ter no Plenário da Câmara votos suficientes para derrubar o que consideram um golpe liderado por Eduardo Cunha (PMDB).
Com a documentação já em poder do Senado, onde será apreciada a admissibilidade pela cassação do mandato, a cúpula petista tem esperanças de que os senadores vetem a decisão dos 367 deputados favoráveis, e assim Dilma seja mantida no cargo até 2018, conforme prazo previsto pelo Constituição.
Pra o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, a Constituição foi rasgada, a infâmia e o golpismo feriram a democracia , mas "aventura ainda poderá ser detida pelo Senado Federal, onde será travada a próxima e decisiva batalha em favor do resultado eleitoral de 2014″.
Na Executiva Estadual do Partido em SE a sensação não é diferente, já tendo Rogério Carvalho, presidente do PT em SE, afirmado que o que foi visto no domingo foi uma "agressão frontal à democracia", tendo em vista não haver comprovação do crime de responsabilidade.
Contudo, certo de que a derrota inicial precisa ser revertida no Senado, Rogério já se mobiliza em Sergipe para definir estratégias de ação e, em reunião na próxima quarta-feira (20) com a Executiva no estado, traçará os possíveis caminhos a serem trilhados em defesa de Dilma.