
Por Iane Gois
Após a tragédia com o voo que conduzia a delegação Chapecoense e matou 71 pessoas, um novo acidente aéreo volta a chocar o Brasil com a morte de quatro pessoas, dentre elas uma noiva que sonhava em chegar à cerimônia matrimonial de helicóptero.
O acidente aconteceu em São Lourenço da Serra, São Paulo, no último domingo (04), quando o helicóptero modelo Robinson 44, matrícula PRTUN, devidamente autorizado e legalizado para voo, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), conduzia uma noiva ao sítio onde aconteceria a celebração e caiu em uma área de mata fechada a poucos minutos do espaço em que pousaria.
Além da noiva, morreram o piloto, Peterson Pinheiro, o irmão da dela, Silvano Nascimento da Silva, e a fotógrafa Nayla Cristina Neves Lousada, grávida de seis meses.
Segundo o dono do buffet e responsável pela organização da festa, Carlos Eduardo Batista, a chegada seria uma surpresa para o noivo e convidados, mas acabou em dor.
Estranhando o atraso no pouso, Carlos entrou em contato com a empresa responsável pelo helicóptero, sendo informado de que já havia subido e que, portanto, já era para ter chegado.
“O dono disse que o helicóptero já tinha subido e que já deveria ter chegado”. “Pouco depois ele mesmo me disse que uma aeronave tinha caído, mas que não imaginava que seria a sua própria”, completou.
Após a certificação da queda e das mortes, Carlos foi o responsável pela comunicação do desastre. “Chamei o pastor que estava na cerimônia e ele foi comigo comunicar para tentar acalantar o noivo. Ele ficou em estado de choque. Depois, os demais convidados [cerca de 300] souberam e ninguém sabia como agir. Foi uma tragédia”, lamentou o organizador.
Nesta segunda-feira peritos do Instituto de Criminalística de polícia paulista e especialistas da Aeronáutica se deslocarão até o local da queda do helicóptero a fim de encontrar indícios da causa do acidente.