O Brasil está no topo dos países das mulheres que fazem as unhas e utilizam esmaltes com frequência. É quase uma rotina as manicures e salões de beleza ouvirem reclamações de unhas quebradiças ou manchas, mas que podem ser o sinal de algo mais grave e nem tão simples de resolver, como apenas passando a base antes do esmalte pra fortalecer.
Unha não é apenas estética. Ela é uma parte do nosso corpo composta pela proteína queratina, a mesma dos cabelos, e que tem a função de favorecer a precisão na manipulação de objetos com a ponta dos dedos. Nos humanos, as unhas das mãos crescem cerca de 3 milímetros por mês, enquanto a dos pés, crescem pouco menos de 1mm por mês.
Quando a unha se apresenta fraca e se rompe com muita facilidade pode ser algo bastante simples, como uma deficiência nutricional de alguma vitamina: A, B12 ou C por exemplo. Nesse caso, o problema pode ser facilmente resolvido ao ajustar a dieta para a inclusão de mais componentes ricos em vitaminas. Pessoas que trabalham com digitação também tendem a ter o mesmo problema, isso por conta dos microtraumatismos que as unhas sofrem na repetição dos impactos das teclas.
Entretanto, doenças como o hipotireoidismo também pode deixar as unhas fracas e cabelos fracos e quebradiços. A doença se trata de uma deficiência na glândula tireoide e merece tratamento médico, sendo facilmente controlada e de rara evolução para grave.
Enfraquecimento das unhas pode ser decorrente de uma deficiência de vitaminas
Outras doenças costumam alterar a estrutura das unhas, tais como: anemia, doenças cardíacas, doenças renais, doenças hepáticas, doenças gastrintestinais, diabetes, hipertireodismo, lúpus, reumatismo, leucemia, AIDS e infecções por fungos.
Mas não se desespere, não é porque a sua unha esteja fraca que a causa seja alguma dessas doenças acima. Procure alimentar-se bem, com uma dieta rica em vitaminas, fibras, bastante água e bem balanceada. Caso, após todo esse cuidado com a alimentação o problema nas unhas e cabelos persistirem, o médico dermatologista poderá lhe ajudar. Às vezes, um simples esmalte manipulado em farmácia, e que normalmente é de baixo custo, poderá resolver a queixa.
Vale também o alerta da não utilização da automedicação. Não mande manipular ou compre esmaltes terapêuticos por sua conta, pois em alguns casos, alguma substância presente no esmalte poderá até piorar o problema, ou fazer com que surja outro.
Jeferson Machado Santos.CRF-SE: 658.
Farmacêutico pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.Habilitação em Bioquímica Clínica pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.Especialista em Administração de Empresas pela FIJ-RJ.Especialista em Farmacologia e Interações Medicamentosas pela Uninter-IBPEX.