Após mal-entendido, ex-policial rodoviário tem nome removido da Bienal

O ex-policial rodoviário federal Paulo Rodolpho Lima Nascimento teve seu nome retirado da programação da 1ª Bienal do Livro de Aracaju, agendada para os dias 17 e 18 de maio. Nascimento está preso por suposto envolvimento na morte de Genivaldo Santos durante uma abordagem policial em maio de 2022. O incidente ocorreu quando Genivaldo foi trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e exposto à inalação de gás lacrimogêneo.

Após uma reação negativa, um post que confirmava a participação de Nascimento no evento foi removido das redes sociais da bienal. Os organizadores do evento não souberam explicar como a presença de Nascimento foi confirmada. O advogado de Nascimento, Rawlinson Ferraz, explicou que o equívoco se deu devido a uma falha de comunicação, uma vez que a esposa do ex-policial teria realizado a inscrição do livro de seu marido com o intuito de participar do evento.

O livro escrito por Nascimento enquanto estava na prisão narra os acontecimentos após a morte de Genivaldo e descreve a rotina de trabalho de sua antiga profissão. Mais de um ano após o falecimento de Genivaldo, o julgamento dos ex-agentes William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento, envolvidos na ação, ainda não tem data marcada. A Justiça Federal de Sergipe ordenou que eles sejam julgados pelo júri popular. Os agentes foram demitidos da PRF em agosto de 2023, por determinação do então ministro da Justiça, Flávio Dino.

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