Serviço pioneiro em Sergipe reabilita pacientes recuperados do coronavírus no Hospital João Alves Filho
O serviço une práticas de reabilitação e a qualidade de vida dos pacientes perdidos durante a doença.
O Ambulatório de Retorno do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) iniciou há um mês o serviço de reabilitação de pacientes recuperados da Covid-19 e das diversas áreas clínicas. O serviço, que é pioneiro em Sergipe, une práticas de reabilitação e a qualidade de vida dos pacientes perdidos durante a doença.
“A gente percebeu que os pacientes que ficam internados por causa da Covid-19 e recebem alta, precisam estar sob os nossos olhares justamente para que a gente possa detectar as sequelas, fazer reabilitação precoce, se anteceder a alguma possível complicação, fazer ajustes de medicamentos. Como nós temos o ambulatório da residência médica no Ambulatório de Retorno, onde a gente já tinha essa prática com os pacientes da ala ao receberem a alta, então surgiu a ideia junto com a direção do hospital, da gente receber aqui no ambulatório esses pacientes de alta da Covid-19 do Huse e das diversas áreas clínicas para que possamos monitorar, inclusive favorecendo uma alta mais precoce uma vez que ele seria mais rapidamente avaliado”, explicou Juliana Santana.
O procedimento inicia a partir da alta médica do paciente. Ele é encaminhado ao Ambulatório de Retorno, o familiar faz o agendamento da consulta e no dia é feito uma anamnese com o que aconteceu no hospital, qual foi a gravidade, órgãos comprometidos, medicação que está usando.
Os sintomas pós-Covid são reavaliados, se tem confusão mental, dor de cabeça, febre persistente, fadiga ou dispneia, e verifica a gravidade dos sintomas, a depender da avaliação clínica vai precisar de um exame, controle e ajuste da medicação.
A médica explicou também sobre a periodicidade necessária para o monitoramento do paciente. “O paciente pós covid é monitorado por cerca de três meses, mas cada paciente vai ter um retorno mais frequente ou menos frequente. Se é um paciente que a gente tem que avaliar mais de perto, tem que vir toda semana, se consegue ver daqui a quinze dias ou vir mensalmente, agora durante três meses é necessário que ele esteja em observação, porque nesse período existe o risco de complicações”, enfatizou Juliana Santana.
As queixas mais comuns que o paciente relata no ambulatório de retorno depois de alta da Covid-19 são: fadiga física, cansaço físico, inchaços e edemas em membros inferiores, dores de cabeça e problemas respiratórios.
O superintendente do Hospital João Alves, Walter Pinheiro, parabenizou o trabalho da médica e da equipe da clínica médica do Ambulatório de Retorno. “É uma atividade pioneira dentro da saúde estadual no tratamento da Covid-19”, destacou.
Fonte e foto: SES