Síndrome da dor lombar, trabalhadores rurais e o uso de agrotóxicos: saiba a ligação entre os três
Um estudo do PPGCAS objetivou avaliar a relação entre a Síndrome da Dor Lombar (SDL) e fatores associados em 322 citricultores do sexo masculino das cidades de Lagarto e Boquim.
O uso indiscriminado de agrotóxicos, muito utilizado nas lavouras cítricas, promovem alterações celulares em nosso corpo. O manejo incorreto deste pesticida, combinado a não utilização dos equipamentos de proteção individual, além de atividade repetitivas, causam dor muscular, fadiga corporal e perda de função ao longo do tempo.
Um estudo realizado pelo fisioterapeuta Flávio Martins, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde (UFS-Lagarto), sob orientação do Professor Dr. Miburge Bolívar Gois Júnior, objetivou avaliar a relação entre Síndrome da Dor Lombar (SDL) e fatores associados em 322 citricultores do sexo masculino das cidades de Lagarto e Boquim.
O estudo mostrou que a maioria destes indivíduos tinham entre 18 e 39 anos (67,1%), eram solteiros (69,9%), faziam uso de álcool etílico (59,8%), tabaco (57,9%) e com exposição a agrotóxicos há menos de 36 meses (62,7%). O índice de massa corpórea encontrou-se normal (64,9%), porém observamos elevado índice da SDL (65,7%), dor no quadril (31,4%), desequilíbrio corporal moderado (45,3%), risco de quedas (63,2%) e incapacidade funcional (43,2%).
Contudo, o estudo mostrou que nestes indivíduos jovens o contato diário com agrotóxicos, associados ao moderado consumo de álcool, tabaco e elevada atividade de repetição laboral, promovem SDL, dor no quadril, desequilíbrio corporal, risco de quedas e diminuição da capacidade funcional, promotores de afastamentos trabalhísticos.