No dia do nosso padroeiro relembre a lenda do “Santo Antônio Fujão”, que faz parte da cultura popular de Itabaiana
Por Taís Cristina.
Reza a lenda que em Itabaiana havia um santo muito danado. Santo Antônio, que é o padroeiro do município serrano, era um santo fujão.
Os colonizadores inventaram que o Santo Antônio estava descontente com o local ao qual ele estava, a Igreja Velha, onde Itabaiana começou, e saía durante a noite caminhando até uma quixabeira localizada onde hoje está a Igreja Matriz, pois ele queria que ali fosse a sede do município; então, as pessoas iam toda noite carregá-lo de volta para a Igreja Velha.
Segundo José de Almeida Bispo, historiador, “trata-se de um bom trabalho de marketing no sentido de convencer ao povo sobre a mudança da igreja, epicentro da futura povoação de Santo Antônio da Itabaiana, para o local em que hoje se encontra a Matriz de Santo Antônio e Almas”.
Por influência de Santo Antônio Fujão, ou não, a sede do município foi realmente transferida para onde hoje se localiza a Igreja Matriz de Santo Antônio e Almas, sendo esta, até os dias atuais, a maior e mais importante igreja serrana.
Além de Santo Antônio, Itabaiana possui a Nossa Senhora do Bom Parto também como padroeira; uma cidade de gente devota e cheia de fé é abençoada por dois padroeiros: o primeiro abençoa os namorados, casais e trabalhadores, e a segunda abençoa as famílias e as crianças.
Em Itabaiana, se você passar na frente de uma igreja e não parar um segundo para se benzer, bom itabaianense você não é. Este hábito já se tornou parte da cultura no município, praticado principalmente pelos mais velhos e ensinado às crianças.