Desigualdades socioeconômicas afetam o diagnóstico e o tratamento do câncer oral no Brasil?
O câncer oral afeta os lábios e as estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua e a região embaixo da língua. Seu surgimento está relacionado a fatores de risco individuais, como sexo e idade; e fatores externos, como hábitos de vida e acesso a serviços de saúde.
No Brasil, o câncer oral possui alta taxa de incidência e mortalidade. São esperados aproximadamente 15.190 casos novos de câncer oral para cada ano do triênio 2020-2022 no país. Por isso, é o quinto tipo de câncer mais comum em homens e o décimo em mulheres.
O diagnóstico e tratamento precoces são os meios mais eficazes para melhorar o prognóstico do paciente com câncer oral porém, a maioria dos casos tem seu diagnóstico em estágios avançados. Além disso, grupos socialmente desprivilegiados apresentam contato maior com alguns dos fatores de risco associados ao câncer oral, e mais dificuldades de acesso a serviços de saúde.
Uma pesquisa da discente Deane, sob orientação das professoras Dra. Priscila Lima e Dra. Débora Tavares está investigando se as desigualdades socioeconômicas estão relacionadas ao diagnóstico e tratamento tardios do câncer oral, com o objetivo de contribuir em intervenções que visem a redução de desfechos desfavoráveis.