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Sustentabilidade urbana: A urgência de preservar ecossistemas em Aracaju

Os alagamentos em Aracaju têm sido agravados pela carência de investimentos em drenagem urbana e infraestrutura de contenção para lidar com marés altas, o que se agrava pela falta de lagoas de retenção.

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Sustentabilidade urbana: A urgência de preservar ecossistemas em Aracaju

O crescimento da região sul de Aracaju, representando 34% do território municipal, demanda um planejamento que priorize técnicas ecologicamente sustentáveis visando a preservação das lagoas intermitentes, dunas, manguezais e do ecossistema local. Entretanto, a construção de condomínios tem resultado no aterramento dessas áreas naturais, desencadeando preocupações ambientais.

 Recentemente, a Prefeitura de Aracaju submeteu à Câmara dos Vereadores um Projeto de Lei propondo o licenciamento urbano autodeclaratório, transferindo a responsabilidade para os técnicos dos projetos e levantando questionamentos sobre a necessária regulamentação e fiscalização do uso do solo urbano para proteção ambiental.

Os alagamentos em Aracaju têm sido agravados pela carência de investimentos em drenagem urbana e infraestrutura de contenção para lidar com marés altas, o que se agrava pela falta de lagoas de retenção. O Plano Diretor de 2000, ao contribuir para a impermeabilização do solo e a ocupação de áreas inadequadas, tem exacerbado o problema, evidenciando a necessidade de revisão das políticas urbanas para mitigar essas questões.

O descaso com a sustentabilidade e a gestão ambiental em Aracaju representa um risco, podendo levar Sergipe a enfrentar desafios semelhantes aos do Rio Grande do Sul, que sofreu graves consequências pela falta de gestão ambiental responsável. A ausência de mudanças efetivas pode resultar em desastres ecológicos e sociais significativos para o estado.

A prefeitura e o governo estadual têm sido criticados por não atenderem aos requisitos mínimos de sustentabilidade e por permitirem empreendimentos prejudiciais ao ambiente e à sociedade. Em um contexto de mudanças climáticas, é crucial adotar conceitos de cidades sustentáveis e infraestrutura verde para garantir o bem-estar ambiental e social acima dos interesses econômicos. 

Segundo Ricardo Mascarello, arquiteto e urbanista, é urgente conscientizar a sociedade sobre os equívocos das políticas adotadas e promover uma mudança de rumo, priorizando o exemplo de Aracaju e do Governo do Estado como modelos para os demais municípios sergipanos. 

Mascarello destaca a importância de aprender com os desafios enfrentados em outras regiões, como no Rio Grande do Sul, e evitar a centralização nos interesses econômicos de grupos específicos, visando um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável.

 

 

 

 

 

Com informações do Mangue Jornalismo

Foto: Emilly Catarina

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