A Justiça decidiu pela condenação de Nadja Tavares de Almeida, suspeita de envolvimento no aborto que ocasionou a morte de sua filha no ano de 2003. O sepultamento da jovem Joyce Tavares de Almeida, de 19 anos aconteceu em Itabaiana, sua terra natal.
Além da mãe, o farmacêutico João Monteiro Fontes, dono do local onde segundo as investigações foi realizado o procedimento também foi condenado. O aborto foi realizado em Aracaju, onde mãe e filha residiam à época.

O juiz Alício De Oliveira Rocha Júnior decidiu acatar a denúncia do Ministério Público, de que a mãe da jovem teria obrigado a filha a procurar um farmacêutico para realizar o aborto, que ocasionou a sua morte.
A defesa da mãe da jovem disse que a filha morreu após sofrer agressões do seu namorado, um dos ouvidos no processo. Em contrapartida, ele disse em júri que era contra o aborto e negou que tenha agredido a namorada.
De acordo com a Justiça, mesmo condenada a 11 anos de prisão, Nadja poderá recorrer em liberdade, porque no entendimento do magistrado a parte “permaneceu solta durante grande parte do andamento processual”. O farmacêutico, condenado a 16 anos, também pode recorrer em liberdade.
O advogado de defesa de Nadja disse à nossa equipe que já recorreu da decisão da Justiça e espera que haja um novo julgamento acerca do caso, porque segundo ele, “ocorreram algumas falhas”.
Em entrevista à TV Sergipe, a defesa de João disse que como não houve perícia no corpo, não se pode constatar a participação de João na morte da jovem, que pode ter sido causada ou não pelo aborto.