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Doações de órgãos crescem em Sergipe e reforçam importância do “sim” das famílias

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Doações de órgãos crescem em Sergipe e reforçam importância do “sim” das famílias

A solidariedade tem ganhado força em Sergipe. Nos primeiros seis meses de 2025, o estado registrou 28 doações de órgãos, número que representa um crescimento de mais de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Organização de Procura de Órgãos (OPO). Foram, inclusive, três doações de coração — um tipo mais raro, que exige agilidade e estrutura para viabilizar o transplante.

Por trás desses números, está o trabalho incansável de equipes que atuam em todas as regiões do estado, acolhendo famílias em momentos difíceis e orientando sobre a importância da doação. “Mesmo antes de abrir o protocolo de morte encefálica, nós conversamos com os familiares sobre a gravidade do caso. Isso ajuda a preparar emocionalmente e esclarecer dúvidas, o que tem refletido em um maior número de autorizações”, explica Darcyana Lisboa, coordenadora da OPO.

Segundo ela, o envolvimento das equipes médicas, tanto da rede pública quanto privada, tem sido decisivo para aumentar as notificações de casos compatíveis com doação. “Quando há mais notificações, temos mais chances de salvar vidas. Além disso, mostra que os pacientes estão recebendo o cuidado necessário para manter os órgãos viáveis até o momento da doação”, completa.

Outro avanço importante tem sido a celeridade no encerramento do protocolo de morte encefálica, que agora ocorre em até 24 horas. Esse tempo é fundamental para preservar a saúde dos órgãos e permitir que cheguem com sucesso aos pacientes que aguardam na fila. No Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), por exemplo, a articulação com as equipes de neurocirurgia e neurologia tem garantido eficiência nesse processo.

Uma decisão que transforma vidas

As histórias por trás dos transplantes são muitas — e emocionantes. Darcyana lembra de um caso recente em que a doação de um coração salvou a vida de um paciente que não tinha mais de 48 horas de expectativa. “A família disse sim, e conseguimos organizar tudo rapidamente. Esse gesto transformou a dor da perda em esperança. Só nessa doação, seis pessoas foram beneficiadas”, conta.

Todas as doações seguem critérios rigorosos, regulados pela Central de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, em conexão com o Sistema Nacional de Transplantes, sob supervisão do Ministério da Saúde.

Como doar?

A doação de órgãos no Brasil só acontece com a autorização familiar. Por isso, é fundamental que cada pessoa manifeste aos seus parentes o desejo de ser doador. O processo começa com a identificação de pacientes neurocríticos, com rebaixamento severo de consciência (Glasgow 03), e segue com avaliação médica e confirmação da morte encefálica.

A OPO estadual funciona no Huse, próximo ao Setor de Oncologia, e atua de forma integrada com hospitais em todo o estado.


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