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Senadores sergipanos Alessandro Vieira e Rogério Carvalho integram CPI que vai investigar o crime organizado no Brasil

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Senadores sergipanos Alessandro Vieira e Rogério Carvalho integram CPI que vai investigar o crime organizado no Brasil

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o crime organizado no país foi instalada nesta terça-feira (4) no Senado Federal. O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente, e o sergipano Alessandro Vieira (MDB-SE) será o relator, responsável por conduzir as investigações. Outro representante de Sergipe, Rogério Carvalho (PT-SE), também faz parte do colegiado.

A vice-presidência ficou com Hamilton Mourão (Republicanos-RS). A eleição foi acirrada: Contarato recebeu seis votos, e Mourão, cinco.

Durante o discurso de posse, Contarato prometeu atuar com independência e destacou que a segurança pública “não é uma pauta exclusiva da direita”. Ele defendeu equilíbrio entre combate ao crime e ressocialização de presos. “Progressismo é enfrentar a realidade de frente, não ignorá-la. Acredito na ressocialização, mas não em impunidade disfarçada de compaixão”, disse.

O plano de trabalho, apresentado por Alessandro Vieira, prevê um diagnóstico nacional sobre o crime organizado e a proposta de medidas de combate. Segundo o senador, o país tem cerca de 88 facções criminosas em atividade, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A CPI vai investigar:

ocupação de territórios por facções e milícias;

lavagem de dinheiro, inclusive com uso de criptomoedas;

corrupção ativa e passiva;

sistema prisional;

tráfico de drogas e armas e sonegação fiscal;

e a integração das forças de segurança e das Forças Armadas, especialmente nas fronteiras.

A comissão também vai ouvir governadores, secretários de segurança e especialistas em combate ao crime, além de representantes do governo federal como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro.

O relator convidará ainda o promotor Lincoln Gakiya, conhecido por investigar o PCC, e jornalistas investigativos que acompanham o avanço das facções no país.

A CPI terá 120 dias de duração e um orçamento de R$ 30 mil. O colegiado foi criado após uma operação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos nos Complexos do Alemão e da Penha — episódio que reforçou a urgência de uma resposta do Congresso.

Por Redação


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