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Golpe do botox: homem usava rosto das vítimas para abrir contas e roubar dinheiro

Investigado usava reconhecimento facial das vítimas para abrir contas e contratar empréstimos fraudulentos; Polícia Civil pede que outras vítimas se apresentem

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Golpe do botox: homem usava rosto das vítimas para abrir contas e roubar dinheiro

Um homem foi preso nesta terça-feira (29) após ser identificado como autor de uma série de golpes financeiros aplicados em clientes durante procedimentos estéticos realizados em clínicas de alto padrão na capital sergipana. A prisão foi realizada pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), após meses de investigação.

De acordo com a delegada Lauana Guedes, as investigações começaram em janeiro, quando uma das vítimas procurou a polícia após notar movimentações financeiras suspeitas em suas contas e cartões. A partir daí, a Polícia Civil passou a reunir indícios que apontaram para um esquema bem estruturado de fraudes, baseado na coleta de dados pessoais e uso indevido da biometria facial das vítimas.

Segundo apurado, o investigado se apresentava como profissional da área estética e, ao realizar procedimentos como aplicação de botox, convencia as clientes a permitirem fotos sob o pretexto de documentar o "antes e depois" dos tratamentos. Nesse momento, ele aproveitava a distração para acessar os aplicativos bancários das vítimas, utilizando o reconhecimento facial para abrir contas e contratar empréstimos em nome delas.

A delegada Suirá Paim, também à frente do caso, explicou que o suspeito pedia ainda outros dados pessoais, alegando que seriam utilizados para liberar acesso à clínica e ao estacionamento. “Ele se aproveitava da confiança das vítimas e agia com sutileza, o que dificultava a identificação imediata do golpe”, destacou Paim.

Com os cartões de crédito emitidos pelas contas abertas fraudulentamente, o homem fazia compras e transações indevidas, tendo os produtos entregues em seu próprio endereço. O golpe só era descoberto semanas depois pelas vítimas, que até então não desconfiavam da origem das cobranças.

Além das fraudes financeiras, a polícia confirmou que o investigado não possuía qualificação para realizar os procedimentos estéticos oferecidos, o que agrava a situação judicial do acusado. “Ele não era bioquímico nem tinha formação para aplicar botox, o que configura, além de estelionato, exercício ilegal da profissão”, completou a delegada Lauana Guedes.

O homem foi preso em sua residência e encaminhado à audiência de custódia. Ele permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil pede que outras possíveis vítimas procurem o Depatri para registro de ocorrência. Informações adicionais podem ser encaminhadas, de forma anônima, pelo Disque-Denúncia, no número 181.

 

Com informações SSP-SE


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