Domingo de Páscoa: Ressurreição, renovação e resistência em tempos líquidos

Domingo de Páscoa. Mais do que ovos, coelhos e chocolate em promoção. A data que moveu calendários, virou feriado e ainda é capaz de reunir famílias ao redor da mesa — e das telas — carrega um peso simbólico que o consumo não conseguiu apagar: a vitória da vida sobre a morte, do espírito sobre o caos.
Mas o que significa “ressuscitar” em 2025?
Vivemos tempos líquidos, como diria Bauman, em que tudo escorre pelos dedos: empregos, certezas, vínculos. A cada dia somos bombardeados por crises, colapsos e feeds tóxicos. E no meio dessa avalanche, a mensagem da Páscoa ainda resiste: recomece. Levante. Ressurja.
Cristãos celebram a ressurreição de Jesus Cristo — o marco da fé cristã. Mas mesmo para quem não compartilha da crença, a simbologia é potente: a vida sempre encontra um jeito. É o grito de resistência de quem se recusa a viver no automático. É o convite para se reinventar, para deixar morrer o que já não serve e abraçar o novo.
Enquanto o comércio esfrega ovos gigantes nas vitrines e as redes sociais nos entopem de filtros temáticos, o desafio é não perder o foco: a Páscoa não é só sobre o que se ganha, mas sobre o que se transforma.
Então fica a pergunta: o que precisa morrer em você para que algo novo nasça?
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