Festas juninas: ITPS orienta sobre segurança alimentar em barracas de comida

Com a chegada dos festejos juninos, cresce a movimentação nas tradicionais barracas de comidas típicas em todo o estado de Sergipe. Para garantir que a diversão não se transforme em problema de saúde, o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), divulgou uma série de orientações voltadas a comerciantes, manipuladores de alimentos e consumidores.

Segundo a microbiologista do ITPS e doutora em Biotecnologia, Rejane Batista, o cuidado com a segurança alimentar deve começar ainda na escolha dos ingredientes. “A contaminação pode ocorrer em qualquer etapa: na seleção, no preparo, no armazenamento e até no consumo. Por isso, é fundamental redobrar a atenção com cada detalhe do processo”, alerta.

Higiene é o primeiro passo

Rejane destaca que a higiene pessoal de quem prepara os alimentos é uma das principais formas de evitar riscos. Lavar as mãos com frequência, manter unhas cortadas, usar roupas limpas e evitar acessórios são atitudes básicas que ajudam a proteger o alimento. Além disso, é essencial manter superfícies, utensílios e o local de preparo sempre limpos e organizados, com descarte adequado dos resíduos.

Comidas típicas exigem cuidado especial

Produtos tradicionais das festas juninas, como milho cozido, canjica, pamonha, paçoca, arroz doce e outros feitos com leite, açúcar e carnes, precisam de atenção redobrada. Esses alimentos, altamente nutritivos, são também mais suscetíveis à contaminação quando expostos ao calor ou mal armazenados.

“O leite e seus derivados, bem como carnes, devem ser mantidos refrigerados, com temperatura abaixo de 8°C. Isso inibe o crescimento de micro-organismos prejudiciais à saúde”, explica a microbiologista.

Alimentos reaproveitados: atenção redobrada

Sobras de alimentos nas festas são comuns, mas nem tudo pode ser reaproveitado. De acordo com Rejane, o ideal é descartar qualquer item que tenha ficado exposto ao ar livre por muito tempo, especialmente em locais com grande fluxo de pessoas, fumaça ou poeira. Alimentos que foram armazenados corretamente podem ser consumidos, desde que sejam reaquecidos e fervidos conforme o tipo.

Transporte e venda também devem seguir boas práticas

Na hora de transportar ou vender os alimentos, o cuidado continua. Os produtos devem ser levados em recipientes limpos, fechados e refrigerados, quando necessário. Durante a comercialização, é importante manter os alimentos protegidos e evitar o manuseio direto. “Usar utensílios descartáveis e cobrir bem os alimentos são formas simples de garantir mais segurança ao consumidor”, orienta Rejane.

Saiba identificar os sinais de contaminação

A gerente de atividades técnicas do ITPS, Ana Virgínia Dantas, reforça que é importante denunciar suspeitas de contaminação. “Se após o consumo de alimentos surgirem sintomas como febre, diarreia, vômitos ou enxaqueca, é fundamental procurar atendimento médico. O ITPS também realiza análises laboratoriais para investigar os casos. Esse tipo de denúncia pode evitar surtos e proteger a saúde pública”, afirma.

Serviço

O ITPS oferece orientação e análise de alimentos suspeitos de contaminação. O atendimento é realizado no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), na Rua Vila Cristina, bairro 13 de Julho, em Aracaju. O contato também pode ser feito pelo telefone (79) 3198-8811 ou e-mail sac@itps.se.gov.br.





Fonte: Ascom ITPS