Itabaiana: Professores afastados por saúde contestam reavaliação e pedem explicações ao prefeito
O Sintese reforça a necessidade de diálogo com o prefeito e a Secretaria de Educação.

A coordenadora do Sintese em Itabaiana, Rita de Cássia, criticou a decisão da Prefeitura de Itabaiana de contratar um médico para organizar uma nova junta médica e reavaliar os professores que estão afastados das salas de aula por questões de saúde. Segundo Rita, a medida pode levar mais de 60 professores, que já possuem re-adaptação permanente, a retornarem para a sala de aula, mesmo com problemas físicos ou psicológicos.
“Esses professores nós chamamos de re-adaptados, e o que é um professor re-adaptado? É um professor que, por alguma doença, não pode estar na sala de aula, mas é aproveitado em atividade técnica pedagógica, sem nenhum prejuízo da sua remuneração”, explicou Rita.
De acordo com a dirigente sindical, o médico contratado, identificado como Dr. Robson, convocou todos os professores para uma reavaliação, contrariando laudos e processos anteriores. “A maioria desses professores já tem mais de dois anos de re-adaptação permanente, e agora vão retornar para a sala de aula. Nós solicitamos que o prefeito nos receba em audiência, junto com o Dr. Robson e a Secretaria de Educação, para discutir essa situação”, afirmou.
Rita destacou que muitos desses profissionais enfrentam doenças graves, como câncer, problemas psicológicos e dificuldades de locomoção, além de outras condições que inviabilizam a presença em sala de aula. “Esses professores já passaram por todos os processos, com exames e relatórios médicos, passando pela junta médica do município a cada seis meses. Depois de dois anos, essa re-adaptação se torna permanente. E agora, de forma unilateral, querem que voltem para a sala de aula, sob ameaça de perderem a regência, que representa 20% do salário”, criticou.
Ela alertou que a perda dessa gratificação pode comprometer o orçamento familiar dos professores. “Quem vai ficar com menos 20% do salário? Muitos não têm plano de saúde, usam esse dinheiro para pagar médicos, consultas e exames, que custam caro. Uma ressonância hoje passa de mil reais. Como esses professores vão se manter?”, questionou.
O Sintese reforça a necessidade de diálogo com o prefeito e a Secretaria de Educação. “É necessário que haja um debate. Prefeito, vamos marcar essa audiência”, concluiu Rita de Cássia.
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