Prefeito de Nossa Senhora do Socorro ganha mesmo salário que governador e causa polêmica

O prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Samuel Carvalho (Cidadania), tem um salário de R$ 44.008,52, o mesmo valor pago ao governador do estado, Fábio Mitidieri. A remuneração do prefeito tem gerado debates na cidade, especialmente em tempos de crise econômica.

Em entrevista nesta segunda-feira (3), a outra emissora antes da coletiva à imprensa sobre o primeiro mês de gestão, o prefeito foi questionado sobre o valor da remuneração e se consideraria uma redução, como ocorreu em Aquidabã, onde a prefeita e outros servidores reduziram os próprios salários em 25%.

Samuel respondeu que estão "fazendo esse diagnóstico" e que o salário foi aprovado na legislatura passada pela Câmara de Vereadores. Ele afirmou que, por enquanto, continuará recebendo o valor integral e que está "trabalhando muito" para justificá-lo. O prefeito também mencionou que abriu mão de carro oficial, gasolina e diárias para viagens a Brasília.

O salário do prefeito de Nossa Senhora do Socorro se destaca quando comparado com o de outros municípios. Em São Paulo, por exemplo, o prefeito recebe cerca de R$ 38 mil, enquanto em Barra dos Coqueiros o valor é de R$ 39 mil. Já a prefeita de Aracaju recebe R$ 28 mil, e o prefeito de São Cristóvão, R$ 30 mil.

Em 2017, durante o mandato do prefeito Padre Inaldo, o salário em Nossa Senhora do Socorro já era considerado elevado, atingindo R$ 39,6 mil, valor superior ao do então governador. Naquela ocasião, Padre Inaldo propôs uma redução de 35,7% de seu próprio salário. Diante do cenário de crise e das dívidas mencionadas pelo atual prefeito, Samuel Carvalho, seria esperado que ele seguir o exemplo de seu antecessor e também propusesse uma redução salarial.

Primeiro mês de gestão

Nos primeiros 30 dias de governo, a gestão de Samuel Carvalho implementou diversas ações, como a criação de secretarias especiais, mutirões de exames e contratos emergenciais para a compra de medicamentos.

O prefeito destacou que, apesar da criação das secretarias, não houve aumento de despesas, e sim uma redução de mais de 400 cargos, devido à dívida financeira encontrada. Ele explicou que as novas secretarias visam dar atenção a áreas que não eram devidamente observadas, como políticas públicas para mulheres, direitos dos animais, defesa e cidadania.

Por Redação