Simão Dias e Pedra Mole lideram alta infestação do Aedes aegypti em Sergipe, aponta levantamento

O Primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), revelou que apenas dois municípios sergipanos estão em alto risco de infestação: Simão Dias (8,4) e Pedra Mole (7,0). Outros 40 municípios estão em médio risco, 27 em baixo risco, e seis não realizaram o levantamento.

De acordo com o estudo, o índice de infestação considerado satisfatório vai de 0 a 0,9; o de médio risco, de 1,0 a 3,9; e o de alto risco, acima de 4,0. A gerente de endemias da SES, Sidney Sá, destacou a importância de gestores municipais reforçarem ações de combate ao mosquito. "Orientamos que os técnicos desenvolvam ações para eliminar os criadouros do Aedes. É fundamental que tanto os gestores quanto a população se unam para reduzir esses índices", afirmou Sidney.

Ações preventivas

O Aedes aegypti se prolifera em recipientes que acumulam água, como vasos de plantas, garrafas, pneus e caixas d’água. Em Simão Dias, a agente de endemias Juliana dos Santos explicou que os profissionais visitam casas para identificar e eliminar possíveis focos. "Inspecionamos os locais onde a água pode acumular e orientamos sobre cuidados essenciais", disse.

A população também desempenha um papel importante. "Cuidar do ambiente e eliminar criadouros é fundamental para evitar doenças como dengue, zika e chikungunya. É uma responsabilidade de todos", afirmou Maria José, moradora de Simão Dias.

Além das visitas domiciliares, o carro fumacê é usado como medida complementar. Porém, a SES alerta para o perigo de crianças nas ruas durante sua circulação, a fim de evitar acidentes.

Vacinação contra a dengue

A vacinação é outra estratégia contra o mosquito. A vacina quadrivalente protege contra os quatro principais tipos de dengue e é destinada a crianças entre 10 e 14 anos. Disponível em cidades como Aracaju, Barra dos Coqueiros e São Cristóvão, o imunizante é aplicado em duas doses com intervalo de três meses.

"Apesar da oferta, a adesão ainda é baixa. Pais e responsáveis precisam levar as crianças para vacinar, já que é uma medida eficaz", explicou Ilani Paulina, gerente de Imunização da SES.

Sintomas e tratamento

Quem for infectado pelo Aedes aegypti pode apresentar febre, dores no corpo e na cabeça. Em casos de sintomas mais graves, é recomendado procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação médica.

A SES reforça a necessidade de manter os cuidados preventivos, eliminar criadouros do mosquito e buscar vacinação como forma de proteger a saúde pública.

Com informações SES