Cem anos de história: Lambe-Sujo e Caboclinho vira Patrimônio Cultural de Sergipe

A Festa do Lambe-Sujo e Caboclinho, uma das tradições mais antigas e emblemáticas de Laranjeiras, passou a integrar oficialmente o Patrimônio Cultural e Imaterial de Sergipe. A decisão foi tomada pela Assembleia Legislativa, que aprovou o projeto de lei reconhecendo a manifestação e incluindo-a no Calendário Oficial de Eventos do Estado.
Com origem no século XIX, o festejo reúne elementos da cultura afro-brasileira, indígena e luso-brasileira. Todos os anos, Laranjeiras se transforma em um grande cenário a céu aberto, onde grupos reencenam a disputa simbólica entre Lambe-Sujos — representando negros escravizados — e Caboclinhos, associados aos povos indígenas aliados aos senhores de engenho. Mistura de drama, dança, música e religiosidade, a celebração se tornou um dos marcos mais fortes da memória popular sergipana.
O reconhecimento oficial reforça a relevância histórica da festa, que há décadas movimenta o município e atrai visitantes interessados em acompanhar de perto uma das manifestações mais singulares do país. Além do valor cultural, o festejo também contribui para manter viva a tradição oral, fortalecer vínculos comunitários e ampliar o interesse turístico pela região.
Nos últimos anos, diversas iniciativas têm buscado documentar, pesquisar e proteger expressões tradicionais de Sergipe. Com a inclusão da Festa do Lambe-Sujo e Caboclinho no conjunto de bens culturais do Estado, a expectativa é de que novas ações de preservação, registro e fomento ajudem a garantir sua continuidade e fortalecer a transmissão desse patrimônio às gerações futuras.
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