Operação Cagliostro: PF investiga fraude em ponto de coleta de arma de fogo em Sergipe
Com o objetivo de investigar suspeitas de fraude no sistema Desarma, a Polícia Federal deu início à Operação Cagliostro na manhã desta quarta-feira, 30. Esse sistema é gerido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e permite a entrega voluntária de armas de fogo, acessórios e munições em troca de indenização para seus proprietários.
A operação incluiu o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão: um em Aracaju/SE e outro em Contagem/MG. Durante as ações, foram confiscados celulares e outros materiais que serão analisados em exames periciais e investigações policiais para elucidar possíveis atividades ilícitas.
A ação foi motivada por uma denúncia formal apresentada pela SENASP, que indicou um aumento anômalo no número de entregas de armas registradas no sistema Desarma em um ponto de coleta em Sergipe, entre os anos de 2021 e 2023. Esse crescimento inesperado levantou bandeiras vermelhas sobre a legitimidade das transações.
Os objetivos da operação incluem identificar conluio entre os envolvidos e a divisão de valores recebidos de maneira indevida em decorrência das entregas fraudulentas. Além disso, a operação busca localizar armas que deveriam ter sido entregues ao Exército Brasileiro durante a campanha de desarmamento e que não foram recolhidas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato e inserção de dados falsos em sistema de informática, com penas que podem chegar a 12 anos de reclusão.
A Operação Cagliostro destaca a importância do monitoramento rigoroso das iniciativas de desarmamento e a necessidade de garantir que tais programas sejam utilizados de forma legítima e segura, reforçando o compromisso das autoridades com a segurança pública.
Com informações da PF/SE
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