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Crise orçamentária ameaça funcionamento da UFS: risco de fechamento é real, denuncia sindicato

Sem repasses do governo federal, Universidade Federal de Sergipe enfrenta colapso financeiro que compromete salários, serviços essenciais e continuidade das atividades

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Crise orçamentária ameaça funcionamento da UFS: risco de fechamento é real, denuncia sindicato

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) está à beira de uma paralisação total de suas atividades. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFS (Sintufs), que alerta para o risco iminente de fechamento da instituição devido à grave crise orçamentária enfrentada desde o início do ano.

Em reunião realizada nesta terça-feira (28), o reitor da UFS, André Maurício, confirmou à diretoria do sindicato a situação crítica das finanças da universidade. Segundo ele, os repasses federais prometidos pelo Ministério da Educação continuam sem chegar, enquanto dívidas se acumulam e a prestação de serviços essenciais entra em colapso.

“O funcionamento da universidade está por um fio. Sem recursos, não conseguimos manter contratos, pagar fornecedores nem garantir as condições mínimas para o dia a dia acadêmico e administrativo”, afirmou o reitor. A crise já impacta diretamente trabalhadores terceirizados, que enfrentam atrasos salariais e cortes em benefícios como auxílio-alimentação e transporte.

Além disso, o pró-reitor de Administração da universidade reconheceu publicamente a situação alarmante na última semana, durante um encontro com o Sintufs. Entre os problemas enfrentados estão a ameaça de corte de energia elétrica por inadimplência, veículos sem manutenção, falta de materiais de limpeza, prédios deteriorados e laboratórios operando precariamente.

O sindicato relata que tem recebido diversas denúncias de trabalhadores e trabalhadoras terceirizados(as) sobre atrasos e condições degradantes de trabalho, inclusive com casos de assédio moral. “A precarização é visível em todos os setores da universidade, e o governo federal permanece omisso frente ao caos que se instalou nas instituições de ensino”, afirmou a direção do Sintufs.

A situação da UFS reflete um cenário nacional. Universidades e institutos federais em todo o país enfrentam dificuldades semelhantes, operando com orçamento contingenciado enquanto aguardam promessas de regularização feitas pelo ministro da Educação, Camilo Santana. Até o momento, o mês de maio passou sem qualquer repasse financeiro às instituições.

Para o Sintufs, a continuidade da crise ameaça não apenas a estrutura universitária, mas também o desenvolvimento regional e o acesso da população a serviços essenciais, como os oferecidos pelos hospitais universitários. “Fechar a UFS é interromper a formação de milhares de estudantes, paralisar pesquisas científicas e penalizar toda a sociedade sergipana”, alertou o sindicato em nota pública.

Com informações SINTUFS


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