Hospital de Itabaiana vira referência em cirurgias faciais e atendimento a PCDs em Sergipe

O Hospital Regional de Itabaiana (HRI) tem se consolidado como um importante centro de referência em cirurgia bucomaxilofacial, atendendo casos complexos que vão desde traumas faciais até tumores e cistos. Desde 2009, quando o serviço foi implantado, a unidade registra uma média de 4.572 atendimentos por ano.
O setor também é responsável por realizar procedimentos odontológicos em pacientes com deficiência sob anestesia geral — uma demanda crescente e que, em geral, não encontra suporte na atenção básica ou ambulatorial convencional.
O cirurgião Paulo Nand, referência técnica do serviço, destaca a estrutura da equipe e o volume de atendimentos. “Atendemos cerca de 300 pacientes por mês na urgência e emergência, e realizamos em média 20 cirurgias. No atendimento ao paciente com necessidades especiais, realizamos em torno de 25 procedimentos por mês”, afirma.
Com 18 cirurgiões atuando em plantões 24 horas, o serviço cobre urgência, emergência, centro cirúrgico e enfermaria. Entre os casos mais comuns estão fraturas faciais, dores orofaciais, além de tumores e cistos.
Atendimento após acidente
Entre os pacientes que passaram recentemente pelo serviço está Jenisson Felix, de 25 anos. Ele sofreu um acidente de moto e precisou de cirurgia após fraturar ossos do rosto. A esposa dele, Yasmim Santos, acompanhou todo o processo.
“Ele veio para a emergência do hospital, foi atendido, ficou 15 dias internado, recebeu alta e já marcou a cirurgia. Não tenho o que reclamar do atendimento. Todos os profissionais foram muito atenciosos”, declarou.
Atendimento especializado para PCDs completa oito anos
Desde 2017, o HRI mantém um programa voltado ao atendimento odontológico de pessoas com deficiência (PCDs), realizado sob anestesia geral. O serviço completou oito anos de funcionamento e tem se destacado também fora do estado.
Em 2024, o programa conquistou o primeiro lugar na 1ª Mostra Comemorativa aos 20 anos da Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil Sorridente, realizada em Brasília.
Somente no ano passado, foram realizadas 239 cirurgias em pacientes PCDs. Em 2025, o número já chega a 150 procedimentos, demonstrando a alta demanda.
Segundo o coordenador do serviço, Thadeu Roriz, os resultados positivos vieram junto com o reforço na equipe. “Conseguimos reduzir drasticamente a fila de espera de assistência odontológica ao paciente com deficiência. Isso é muito importante em relação à qualidade de vida do indivíduo”, destacou.
A dona de casa Jane Santos levou o filho Arthur Miguel, de 3 anos, para realizar um procedimento cirúrgico na língua. Arthur tem diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) e precisou do atendimento hospitalar após passar pela rede básica.
“O atendimento do hospital foi muito bom e rápido. Não demorou para fazer o procedimento e os médicos nos atenderam muito bem”, enfatizou.
Com informações da SES
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