Professores de Sergipe encerram paralisação com marcha em defesa da educação

A mobilização dos professores da rede estadual de ensino de Sergipe culminará em uma grande marcha no dia 17 de outubro, encerrando uma paralisação de três dias em defesa da educação e da valorização da categoria. Roberto Silva, presidente do SINTESE, afirmou: “Os ataques do governo ao magistério de Sergipe precisam ter uma resposta, e essa resposta nós vamos dar na marcha”.

A concentração será às 14 horas no estacionamento do Parque da Sementeira, seguindo até o Palácio de Despachos, na avenida Adélia Franco. Silva destacou que a marcha busca valorizar a educação, combater a destruição de direitos, garantir a devolução dos 14% dos aposentados e, principalmente, o respeito ao magistério.

Esta marcha será a culminância de três dias de paralisação, que incluíram um ato no Centro de Aracaju e adesivaços em várias cidades. Silva parabenizou os educadores pelo envolvimento e agradeceu à população pelo apoio, ressaltando a importância da mobilização para denunciar as ações do governo.

A paralisação foi motivada pela proposta do governo de acabar com o triênio, a gratificação recebida por tempo de serviço, e de alterar a Gratificação por Atividade em Tempo Integral (GATI), reduzindo os valores para os professores que atuam nessa modalidade. Essa proposta foi apresentada pelo secretário de educação, Zezinho Sobral, na última audiência entre o SINTESE e a Seduc, em 23 de setembro.

Desde o início do governo Fábio Mitidieri e Zezinho Sobral, o SINTESE luta pelo descongelamento do triênio e da GATI, garantindo que esses direitos sejam vinculados aos vencimentos dos professores. No entanto, a proposta do governo demonstra um descaso com a categoria e uma falta de compromisso em valorizá-los.

Silva expressou a indignação dos educadores diante da proposta, lembrando que, em setembro, o governador afirmou que os professores não trabalham, o que gerou revolta. “Estamos enfrentando um processo de destruição da nossa carreira que se estendeu por governos anteriores, e não aceitaremos isso novamente. Temos um indicativo de greve caso o governo não retome as negociações”, afirmou.

O presidente do SINTESE espera que o governo se comprometa a manter os direitos dos professores. Após a assembleia no dia 9, os educadores caminharam até a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça de Sergipe, solicitando apoio para evitar a extinção dos direitos dos professores. “É inaceitável que, em vez de melhorar a nossa remuneração, o governo proponha a extinção de nossos direitos”, concluiu Silva.

Com informações do SINTESE

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